“Caso LEX” e outras histórias
Agora, tudo abre a aboca de espanto com o “Caso LEX” que trouxe, para ribalta, personagens conhecidas, em papéis conhecidos, mas que muitos enfatizavam que tal carecia de comprovação…
A promiscuidade entre o mundo do Futebol, a Política, o Imobiliário e a Justiça, sempre teve uma linha muito ténue; o o “Caso LEX” veio fazer alguma luz, num mundo de conluio, de tráfico de influências e de corrupção. Nada que não se tivesse falado em tempos, com estes ou outros protagonistas, mas certamente com muitos personagens comuns a interesses instalados.
Já agora e para se situarem com certas personagens e com certos procedimentos, o melhor seria ler o famoso documento do “Apito Encarnado”, denunciado, em tempo útil e à época, por alguns inspectores da Polícia Judiciária [PJ]. Encontrar-se-ão, com muita certeza, alguns fios condutores, alguns nomes sobejamente conhecidos, com procedimentos relatados naquele dossier dos inspetores da PJ, que, na altura, muitos denominaram de «invenção febril» mas que, agora e face aos acontecimentos que se vão sucedendo, não deixam de ser vistos/lidos com outros olhos e com outro cuidado.
Unam-se as pontas soltas e elas darão um enredo mais definido.
[quem quiser consultar o dossier “Apito Encarnado”, poderá fazê-lo aqui.]
O sr. Octávio Correia
Por muitas e variadas vezes, fiz alusão à promiscuidade entre os delegados da Liga e a “causa encarnada” – quer com a “purga” que foi feita aos que não são pertencentes à «raça pura», quer principalmente à entrada, já esta época, de mais “glóbulos vermelhos”. Curiosamente o dossier “Apito Encarnado” faz alusão a alguns elementos.
No “Caso LEX”, um dos detidos e já presente a interrogatório, foi o escrivão da 9ª secção do Tribunal da Relação de Lisboa, de seu nome Octávio Correia.
Este senhor foi, em tempos, delegado da Liga (nas épocas 2009/10 e 2010/11) tendo sido suspenso (internamente) por não cumprir com os regulamentos internos – por exemplo, não relatando factos presenciados nos terrenos de jogo. Por esses motivos, levou um aviso no início da época 2010/11; mas, a reincidência, no dia 17 de Abril de 2011, no jogo 12706 (benfica vs. Beira Mar), conduziu a que o Coordenador do Delegados o suspendesse por um mês e não o convidasse a integrar o quadro de delegados na época seguinte.
Recorde-se que, no dia 17 de Abril de 2011, o sr. Octávio Correia era o delegado no terreno, tendo omitido os insultos que Rui Costa (o da estrutura encarnada) dirigiu, no final do encontro, a Elmano Santos, o árbitro da partida, levando a que o delegado principal, situado no camarote, tivesse problemas por o assunto não ter sido reportado no relatório final…
A ligação entre o clube encarnado e os delegados da Liga já tem uma fama “que vem de longe”; os e-mails entretanto denunciados deram provas disso, pelo que a célebre frase «pessoas certas nos locais certos» – seja na Liga ou no Tribunal –, tem muita acuidade.
Moreira de Cónegos, Dominó e T-Shirts
Um valente murro na cabeça de Felipe ou de Marcano não dá penalti porque são lances a favor do FC Porto.
Em Moreira de Cónegos, Felipe levou com o punho de Jonathan na cabeça e o árbitro (Luís Ferreira), o auxiliar paraquedista (Paulo Miranda) e o VAR (Manuel Oliveira) fizeram vista grossa ao lance. O mesmo aconteceu na primiera jornada da Liga, com o FC Porto a receber o Estoril no Dragão. Ao minuto 11 dessa partida, Moreira (guarda-redes dos ‘canarinhos’) atingiu, com um murro, a cabeça de Marcano; mas o árbitro (Hugo Miguel), o auxiliar TOC (Ricardo Santos) e o VAR (Luís Ferreira… certamente que “apenas e só” mera coincidência…), também fizeram vista grossa.
Ambos os lances foram considerados mal ajuizados pelos analistas dos mais diversos órgãos de Comunicação Social; infelizmente para o FC Porto, de nada valem essas análises, pois o prejuízo, nestes dois jogos, foi de dois pontos em cada uma das partidas em causa.
No jogo com o Moreirense ainda há para aduzir aos erros colectivos dos seis elementos de arbitragem nele envolvidos – com principal destaque para o VAR Manuel Oliveira que nada viu, ou pelo menos achou que não seriam lances relevantes.
Manuel Oliveira poderia estar ocupado com outros assuntos: ou a agendar mais um torneio de dominó, ou a dobrar as t-shirts que não foram utilizadas na demonstração de solidariedade para com Jorge de Sousa, aquando do castigo por insulto ao guarda-redes da equipa B do Sporting…
Curiosamente o movimento solidário dos árbitros da Associação do Porto foi boicotado por influência do “opositor” ao árbitro de Paredes, que aconselhou Manuel Oliveira a guardar as camisolas. Como Manuel Oliveira é um ferrenho organizador de torneios de dominó, pode ser que as t-shirts possam vir ater utilidade… Depende do Dias…
Blogue encarnado: verdades ou inverdades?
Num dos blogues encarnados – dos que vão fazendo o serviço pretendido pelo clube de Carnide – e denominado “Ser Benfiquista”, encontraram-se algumas pérolas, que deverão, julgo eu, ser investigadas a preceito.
Não sei se são verdade ou não, porquanto que não mo compete verificar, e há instâncias próprias que a isso se devem dedicar; eu só as reproduzirei, sem qualquer correcção (ortográfica, semântica ou outra).
Também me abstenho de as comentar ou de tecer qualquer juízo de valor, para não ser mal interpretado, ou vir a ser acusado de tudo e mais alguma coisa pelos “bloguistas” profissionais.
Citações:
“A prontidão do MP para investigar todas as merdetas seja a quem for relacionado com o Benfica, e a inércia em relação aos outros é extremamente preocupante…
Extremamente parcial… vamos ver se este MP não é gerido por gente fanática e doente… é que parece.
É uma procuradora, por sinal das nossas.
A ordem foi fazer a busca para justificar o arquivamento.”
“Arquivamento de tudo o que envolve o “caso dos e-mails” ou só esta parte do Centeno?”
“Centeno. O resto vai demorar.
Os vouchers estão prontos para arquivar (investigação concluída), mas neste momento estão colados ao processo e-mails e resultados.
Nos emais (e sms) há muito por fazer. Vai demorar.
Resultados combinados, não fora o Salin a acusar um observador de o aliciar, já teria também a investigação concluída por falta de qualquer indício.
O problema é que o apelido desse observador coincide com um apelido que veio à baila no caso Rio Ave.”
“Tudo pode acontecer. A procuradora é que vai decidir quando e como.
Sobre os emails não há sequer fio condutor, o que demonstra que não existirá qualquer indício flagrante. Mas não há margem para deixar qualquer porta por abrir. É demasiada pressão sobre o MP, é um circo mediático pensado ao pormenor.
Até com as putas se falou, quando o PG é um daqueles gajos que não pisa o risco, católico convicto. Parece uma idiotice, mas digo isto para se perceber que o PG está completamente de rastos.
De tudo o que foi visto, só nos melindra um árbitro transmontano que é benfiquista ferrenho. Recebia convites para ver a bola, e guardou-os religiosamente (facepalm). Foi visitado… ficamos mal na fotografia. Mas não há corrupção. Quem se vai foder é o gajo…
Quem investiga tem neste momento a convicção que isto vai resultar em rigorosamente nada. Ou melhor, tem essa percepção.”
Fim das citações.
Uma nota:
Uma das citações é dada como provada, com esta notícia fresquinha, fresquinha, fresquinha.
Um conselho:
«Agora apague-se tudo».
Um abraço do
Bernardino Barros
Caro Bernardino Barros,
com tanta matéria altamente comprometedora para os cartilheiros, confrange-me ver a SAD do FCPorto a convocar reuniões com carácter de urgência a quem com eles continua a colaborar. Para ser urgente tal reunião, teria de ser há mais tempo, quando estes gajos ainda gozavam do benefício da dúvida… Não agora.
Um abraço